tag:blogger.com,1999:blog-61807135360714328922023-11-16T02:41:21.368-08:00Boneca de PanoWhat goes through my mind...Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.comBlogger67125tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-59299831803995952322015-05-17T11:55:00.001-07:002015-05-17T12:00:08.687-07:00Das Ruínas.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghp6CsKLX2go8oBrtlnBjRyMoxrD8jxpDa0fE2-H5HhI-Mpn3pWYrMJhlo-RK9MWrTEMH0iaSDsKjH_9z6aYUSHGw8fmXk6jXPziAbm3n2YCu2thOrQQLaNdz7rHTTrNgvvQ3fuQ3JNoSj/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghp6CsKLX2go8oBrtlnBjRyMoxrD8jxpDa0fE2-H5HhI-Mpn3pWYrMJhlo-RK9MWrTEMH0iaSDsKjH_9z6aYUSHGw8fmXk6jXPziAbm3n2YCu2thOrQQLaNdz7rHTTrNgvvQ3fuQ3JNoSj/s1600/download.jpg" /></a></div>
A tempestade veio. Sem dó. Sem aviso. Sem tempo para abrigar o coração no sótão.<br />
<div>
Saí de manhã pra comprar o pão e quando voltei tudo estava abaixo. O nosso castelo sucumbiu, só me restou escombros.</div>
<div>
Eu trouxe sua broa predileta, mas você não estava mais lá. Deixou a chave embaixo do carpete e saiu.</div>
<div>
Você foi embora sem mim.</div>
<div>
Sem olhar pra trás.</div>
<div>
Sem podar as flores, sem adubar o jardim.</div>
<div>
Sem medir as consequências.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Tentei caminhar pelo terreno para tentar salvar alguma coisa do que foi nosso. Mas tudo estava em ruínas. Só tinha destroços dos meus sonhos esmagados por tijolos. Sufocados. Quando dei por mim também estava em pedaços. Sem perna, sem braços, o coração sangrando. Entrei em choque. Hipovolêmico, cardiogênico, todos os choques possíveis.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Aquele costumava ser nosso lar. Você costumava ser meu lar.</div>
<div>
Mas hoje sou apenas uma sem-teto vivendo na miséria de uma vida sem grandes planos porque você estava em todos eles. E de repente você não estava mais.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Ninguém quer ser o único que restou em pé. Ninguém quer ser o último a saber.</div>
<div>
Mas tudo em que você confia e tudo o que você pode guardar vai te deixar pela manhã.</div>
<div>
Nada vai permanecer o mesmo. Eu não sou mais a mesma.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
E agora você é apenas alguém que eu costumava conhecer..</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
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<br /></div>
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Vanêssa Aulette</div>
Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-43915226294805591162014-07-21T20:37:00.002-07:002014-07-21T20:40:41.119-07:00Narizes Invisíveis<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy710ql5qrmzZcfXfV8yFbVB1eu5ZzhkkM_hzOdXnJSy9isYcaPyCyexXOS4uYO3hep4n7_jchvKI4Uo5lU1ljH_1BcQVD6VROzsPco2-6kcNfk9GWfSan-cMGoNxEANiW7zZgXT5a0j-V/s1600/2014-07-16+20.54.29.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy710ql5qrmzZcfXfV8yFbVB1eu5ZzhkkM_hzOdXnJSy9isYcaPyCyexXOS4uYO3hep4n7_jchvKI4Uo5lU1ljH_1BcQVD6VROzsPco2-6kcNfk9GWfSan-cMGoNxEANiW7zZgXT5a0j-V/s1600/2014-07-16+20.54.29.png" height="200" width="150" /></a></div>
Na oficina de palhaço a gente aprende a subir a energia antes de subir a máscara.. dança pessoal, olhares, radiola, qualquer coisa que nos deixe mais vivos. Mas pensando bem, precisamos acessar a caixinha que fica quatro dedos abaixo do umbigo todos os dias, não apenas para subir a máscara, mas para subir a vontade de viver.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Para acordar cedo e ir trabalhar, para esperar o busão lotado, para levar o celular à assistência técnica. Para ouvir sermão dos pais, para lavar os pratos do almoço, para passear com o cachorro. Para levar à sério a dieta, para caminhar na praça, para tomar banho. Para vencer a inércia, ou melhor, fazer melhor uso dela. Se nos acomodarmos, tenderemos a continuar assim, mas se nos movermos não tenderemos a continuar em movimento?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAfUNDC6VshWR15UGhZXV-oY8JvGHdmeroZRvel1bvLca0UDBSp-jmZDVU2yflabN38wz9sEoUNeLNecTuQ6hyphenhyphenFR5CoB76vZPvWxUyPviqYqgallrXMXZHyzUMigj-I_muvxWSToAMzHlH/s1600/2014-07-22+00.18.12.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="color: black;"></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Suba a energia todas as manhãs quando acordar. Bote aquela música pra tocar, dance pro espelho e cante junto. Não necessariamente nessa ordem.</div>
<div>
Abrace a pessoa mais próxima que você encontrar, encontre olhares, converse com Deus.</div>
<div>
Tenho certeza de que, no mínimo, você se sentirá mais vivo.<br />
<br />
<br />
Vanêssa Aulette</div>
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<br /></div>
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Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-11977462073643323262014-07-07T18:21:00.000-07:002014-07-07T18:25:46.570-07:00Pesos e Medidas.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5g7CC3eFK8npOGeXtKq1KCwqShm26c7Sltms57GGyOKc9n0LJtNi96MxZx8DzaxF2QXVsGPUeKWjHpcRGWRNv1zeEsAvqH6CrN_GGtOl2vPfd_54lo6gEI7AyMdYH8Y1nkYeyOoPSO8Mz/s1600/Cora%C3%A7%C3%A3o_na_balan%C3%A7a.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5g7CC3eFK8npOGeXtKq1KCwqShm26c7Sltms57GGyOKc9n0LJtNi96MxZx8DzaxF2QXVsGPUeKWjHpcRGWRNv1zeEsAvqH6CrN_GGtOl2vPfd_54lo6gEI7AyMdYH8Y1nkYeyOoPSO8Mz/s1600/Cora%C3%A7%C3%A3o_na_balan%C3%A7a.jpg" height="200" style="cursor: move;" width="163" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">
Você achou que a chama duraria para sempre, que qualquer distância que fosse imposta só serviria para acendê-la mais ainda.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ledo engano.</div>
<div style="text-align: justify;">
Foi-se apagando aos poucos e ao mesmo tempo tão de repente. Com um pouco de terra aqui, um pano molhado ali. Escoteiro nenhum no mundo teria destreza maior.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Amor só se sustenta na reciprocidade. Não dá pra amar hoje e só ser amado semana que vem. Tem que ser de iguais pesos e medidas. Você pode até barganhar aqui e ali, pedir para a moça colocar mais dois limões na sacola, perguntar se faz três por um, mas se fizer isso alguém vai arcar com o prejuízo.</div>
<div style="text-align: justify;">
No amor não há cortesia que sustente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aquele que recebe menos do que dá, hora ou outra vai sentir mágoa, e esse é um prejuízo com o qual ninguém quer arcar. É difícil esquecer as palavras que não foram ouvidas, os abraços que não foram sentidos, as cartas de amor incorrespondidas e esquecidas dentro da gaveta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Amor não foi feito para ser guardado, foi feito para ser usado hoje. Quanto mais se usa, mais se tem. Essa é a lei.</div>
<div style="text-align: justify;">
É preciso sentir a mesma falta, o coração tem que apertar com a mesma intensidade, é preciso revisitar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Porque tudo o que não é revisitado, morre.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A sina do meu coração é tecido fibrosado. Tão calejado que
já nem bate mais direito.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já não é mais tão vivo. Tão vermelho.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já não anda mais embriagado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vive a monotonia de uma vida
sóbria...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vanêssa Aulette.</div>
Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-30639868676772638952014-04-13T17:02:00.000-07:002014-04-13T17:07:16.338-07:00O que é o Amor?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh75O7NIGBbG4YtJoAIAyn4exUyDAcqsG4ro9tOu018vkk7Kt-DCeJ9fSbgMqYkPIWrsnwM4uP6-U-a3UomIhSBfnU_0U8nwSDZt1CgRpyOjO13mLLOnzYdDUw6jN1AoeeeyS2STGg09Llk/s1600/amor.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh75O7NIGBbG4YtJoAIAyn4exUyDAcqsG4ro9tOu018vkk7Kt-DCeJ9fSbgMqYkPIWrsnwM4uP6-U-a3UomIhSBfnU_0U8nwSDZt1CgRpyOjO13mLLOnzYdDUw6jN1AoeeeyS2STGg09Llk/s1600/amor.jpg" height="161" width="200" /></a></div>
Amor é sorvete em dia quente<br />
Abraço em dia frio<br />
Um pouco de tudo<br />
Preenchendo todo o vazio<br />
<br />
É virar a vida ao avesso<br />
Beijar com os olhos<br />
Cheirar com a boca<br />
Sorrir com os dedos<br />
<br />
É a felicidade por antecipação<br />
O reencontro que acalma<br />
O grito suave na alma<br />
O peito que bate em outro coração<br />
<br />
Onde o milagre acontece<br />
Onde Deus não vê pecado<br />
O Amor não são migalhas<br />
São os pães e peixes multiplicados.Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-43285047413870741862014-01-12T17:31:00.001-08:002014-01-12T17:31:43.959-08:00De Olhos Fechados<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH-1DsK1f2al5YcmEi7THARfYEfnFNca9eTTrFZVwTIDxLM_A3SUf70BOE1g5TyTht6IRdJeGVtuZYA-jbBb4mI_UHF8QRK1sC02yUwOeob89dNYSB4_4o_WB_ZniWsZ8XTaYz2a-7oK-p/s1600/olhos+fec.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH-1DsK1f2al5YcmEi7THARfYEfnFNca9eTTrFZVwTIDxLM_A3SUf70BOE1g5TyTht6IRdJeGVtuZYA-jbBb4mI_UHF8QRK1sC02yUwOeob89dNYSB4_4o_WB_ZniWsZ8XTaYz2a-7oK-p/s200/olhos+fec.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Olhos
fechados, colados. A respiração leve e o corpo mais leve ainda. O cheiro no meu
travesseiro, ou tavez na minha mente, não sei. A tentativa bem sucedida de
reviver cada minuto intenso. Apaixonado.</div>
<div class="MsoNormal">
Em um mundo paralelo onde as horas escorrem por entre os
dedos sem piedade. Mas onde você pode estar em uma praia quente, um céu
estrelado, um jardim florido se ele estiver lá. Onde você sente o gosto de mel
fresco, sorvete de flocos e suco de laranja na boca.</div>
<div class="MsoNormal">
Não necessariamente
nessa ordem. </div>
<div class="MsoNormal">
É uma antítese de sensações. É paz e inquietude ao mesmo tempo.
É calma e alvoroço. A alma mais pura e o fogo. É quando você se entrega sem
medo porque ele sabe o momento certo de parar.</div>
<div class="MsoNormal">
Ele sempre sabe.</div>
<div class="MsoNormal">
"A verdade é que só mostramos parte do sentimento. A outra parte só observa, fica no bolso pra quando solicitada."</div>
<div class="MsoNormal">
Mas você não tem isso pra sempre. A memória, a sinestesia e
as palavras são o que sobra desses momentos mágicos. Pequenas dádivas que fazem
morada nos meus pensamentos distantes.</div>
<div class="MsoNormal">
Onde eu sempre posso te encontrar.</div>
<div class="MsoNormal">
De olhos fechados.</div>
Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-46590111591066740682013-02-01T10:06:00.002-08:002013-02-01T17:04:32.841-08:00Amigos de Longa Data.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF1MFBYHGs1T8hLQ1DdEh5z7JcwnjHQjbO5tMtVTrjKYKKSz9D1UsotyyY2tkspZFyuAzFvOHyRVKvKj9EVHOeDWacHx19jPLxHmEJ1S6zMszaS6Da5xCaQb2KeLf1JiRexmgBlfLU0j8S/s1600/tumblr_lponymXOtJ1qm41cpo1_500_large%5B1%5D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF1MFBYHGs1T8hLQ1DdEh5z7JcwnjHQjbO5tMtVTrjKYKKSz9D1UsotyyY2tkspZFyuAzFvOHyRVKvKj9EVHOeDWacHx19jPLxHmEJ1S6zMszaS6Da5xCaQb2KeLf1JiRexmgBlfLU0j8S/s320/tumblr_lponymXOtJ1qm41cpo1_500_large%5B1%5D.jpg" width="320" /></a></div>
Por mais que haja o conhecimento mútuo e o desejo de fazer durar, os laços se afrouxam, as ligações se tornam mais raras e espaçadas. Quando vocês se reverem e olharem fundo nos olhos, nenhuma palavra precisará ser dita pra entender o momento. Vocês estarão felizes porque uma parte de você, aquela pessoa do passado, reconhece a amizade, as confidências, a música de percussão improvisada cantada num dia de chuva. A parte de outrora reconhece que um dia vocês disseram um pro outro que seria para sempre.<br />
<br />
Na verdade, o sentimento não morreu, só continuou vivendo sem os dois.<br />
<br />
E aqueles olhos que um dia foram tão cúmplices se enchem do reconhecimento de que "nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia".<br />
Antes, o outro era como a casa da infância onde você conhecia os esconderijos, o local certo dos móveis, o local exato das goteiras no inverno. Hoje você se pega perdido em pensamentos buscando palavras para preencher o silêncio constrangedor que que ficou, você se agarra às lembranças vividas na espera de que o outro também se lembre e de que aquele momento mágico de nostalgia vá trazer a intimidade, o jeito fácil de conversar, as piadas prediletas. Mas nada disso volta.<br />
<br />
Primeiro vem o sofrimento, depois a conformação.<br />
<br />
Você conhece uma nova pessoa, é cativado por ela e, mesmo sabendo do fim das coisas, não deixa de dizer a frase costumeira:<br />
"Vai ser pra sempre!"Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-62160312011639492792012-10-15T17:22:00.002-07:002014-01-12T17:49:22.842-08:00Salgadinhos de Queijo.<div style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYXVR3EvpQTXr6ZsZeYbsMAeMdf7R1Bm2DuAZMEnNasNL3az3wl_UdA39Mra8_2p0n76Vm2DPOW6MVRsp2qjncCiSKUTJj5bj4pXb0eEx6p4TOODJuwHoyhDf57TBY5D61tidW1xFV2gqD/s1600/100_2081%5B1%5D.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYXVR3EvpQTXr6ZsZeYbsMAeMdf7R1Bm2DuAZMEnNasNL3az3wl_UdA39Mra8_2p0n76Vm2DPOW6MVRsp2qjncCiSKUTJj5bj4pXb0eEx6p4TOODJuwHoyhDf57TBY5D61tidW1xFV2gqD/s200/100_2081%5B1%5D.jpg" width="200" /></a>É na companhia que você vê melhor. No entrelaçar dos dedos, no som do riso, na hipnose dos olhos..</div>
É o detalhe que faltava, é o remédio certo. Sempre esteve lá e ponto.<br />
<br />
Quando o outro se aproxima é que você passa a enxergar. Cones e bastonetes? Você nunca precisou deles, eles não funcionam. Você sempre precisou de um amor, esse funciona. Sempre.<br />
Um supermercado vira um parque de diversões. Um colo vira uma cama. Os olhos, uma câmera.<br />
A saliva, o copo d'água.<br />
<br />
Parece que as cores ficam mais claras. Os sons ficam mais harmoniosos. Os sonhos brincam de pega-pega na sua mão. Os anjos da guarda murmuram um louvor a Deus enquanto observam, de perto, aquelas duas almas desejosas de se fundirem de um vez por todas.<br />
<br />
É na presença que você sente o bater do coração. O coração do outro. Você sente um calor fluir, mas nunca atinge o equilíbrio térmico. O gás carbônico nunca foi tão necessário quanto nesse momento. Você descobre que nunca precisou aprender a respirar, ele respira por você.<br />
Ele é o próprio ar.<br />
<br />
Na ausência você é pego se confessando pelos cantos. Pede perdão até pelo que nem cometeu, para que continue merecendo. Você vê o arco-íris cinza, a imagem turva no espelho. Porque ele é o espelho perfeito. Você franze o cenho pra uma espinha aqui, faz biquinho pra uma gordurinha ali, e ele discorda. O espelho fala contigo e te convence de que você está errada. Te chama de linda até você se convencer disso! Ele estende os braços e te aceita.<br />
<br />
Quando ele está lá o mundo muda a todo instante. Você se vê em cima de uma árvore enquanto ele conta os seus sinaizinhos. O saguão do prédio vira um salão de beleza enquanto ele <strike>tenta</strike> penteia suas sobrancelhas e arruma sua franja. De repente você se vê em um consultório odontológico enquanto ele observa seus dentes.<br />
Você sorri.<br />
<br />
E quando ele te beija.. o mundo para. Você se esquece do próprio nome.<br />
<br />
Quando ele não está lá, você faz de tudo pra sabotar a ausência. Você faz salgadinhos de queijo pra senti-lo mais perto. Ele adora seus salgadinhos...<br />
<br />
Você gostaria que ele estivesse aqui. Mas nenhuma tristeza virá, nada virá pra enfraquecer o sentimento. Ele sempre estará aqui.<br />
Ele e o sentimento.<br />
<br />
Vou ali preparar uns salgadinhos de queijo.<br />
E ele, com certeza, vai me jogar farinha e bagunçar meu cabelo.Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-89373888686978739302012-06-01T13:52:00.001-07:002012-06-02T20:21:25.747-07:00As Rodinhas.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju4-AyrG3zo_KsHpyEqXkpRX_97m5lmUlPiUnGk2F9wEAouQTb2Y9tw4Tz2no6zy6NAk0GBmI3EhNpJ39MDtg3CFbfqXpHVhf1Lpsy0YJK-fEChcsPR_GnhLnKkdVDT_ubJyi4ioUiywGi/s1600/tirando_as_rodinhas_da_bicicleta%5B1%5D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju4-AyrG3zo_KsHpyEqXkpRX_97m5lmUlPiUnGk2F9wEAouQTb2Y9tw4Tz2no6zy6NAk0GBmI3EhNpJ39MDtg3CFbfqXpHVhf1Lpsy0YJK-fEChcsPR_GnhLnKkdVDT_ubJyi4ioUiywGi/s320/tirando_as_rodinhas_da_bicicleta%5B1%5D.jpg" width="320" /></a></div>
Eu não pedi por isso. Mas de repente eu me vi em um velocípede. Teus olhos atentos me seguiam enquanto minhas pernas gordas e fracas experimentavam aquela nova experiência. Teus lábios sorriam com meu movimento descompassado e minha expressão triunfante ante cada conquista. Me davas banho, escolhias minhas roupas, meu penteado, meus lanches, meus desenhos animados, e eu tomava tuas escolhas como verdades porque nada sabia da vida.<br />
<br />
Até que um dia me viste uma criança um pouco maior, uma criança que já não cabia no velocípede, então compraste uma bicicleta rosa e todos os apetrechos que me mantessem o mais segura possível. Senti medo, mas as rodinhas estavam lá, assim como tuas mãos cuidadosas que acompanhavam cada pedalada. Vez ou outra eu encontrava alguma pedra ou um buraco no caminho e caia, chorava, mas continuava. Sempre me consideraste teimosa e curiosa, mas talvez a minha vontade de ver as engrenagens de perto fosse maior do que o teu temor de eu me ferir.<br />
Aos poucos o medo de andar sem tuas mãos foi sendo substituído pelo desejo de te orgulhar andando sozinha. E eu prossegui, às vezes por caminhos tortuosos. Lavava a louça e deixava a pia talvez mais limpa do que os pratos. Em certos momentos tuas mãos me aplaudiam, noutros eu via um olhar pensativo... achavas que eu corria demais.<br />
Até que um dia eu me senti segura para tirar as rodinhas. Aprendi a tomar banho sozinha, escolher minhas roupas, fazer meu penteado, preparar meus lanches e curtir minhas músicas. Eu me vi pronta pra correr riscos, pra percorrer caminhos mais difíceis e levantar, caso caísse. As feridas de outrora me deixara mais resistente. No entanto, você não estava pronta.<br />
<br />
Você não está pronta pra me tirar as rodinhas. Nunca esteve.<br />
Você acha que vai ter aquela criança pra sempre, mas não vai.<br />
É muito conveniente da sua parte me ter sempre em suas mãos, como um fantoche. Você me olha e ainda vê aquela menina de pernas gordas e fracas que não sabe amarrar o próprio cadarço. No meio do caminho eu mudei, e você não se deu conta. Cresci, mas minhas convicções não se tornaram as tuas. Cada passo que dou por caminhos não trilhados previamente por ti são para ti como um pisar despreocupado em um lago fundo. Como se eu estivesse constantemente a me jogar de um precipício. Você esqueceu de como é tirar as rodas. De como é sofrer as consequências boas ou ruins das próprias escolhas. Do sabor que tem as próprias escolhas.<br />
E cada vez mais você me sufoca.<br />
Me afasta.<br />
E espera encontrar sempre o sorriso serelepe da criança ingênua, despreocupada e carente de cuidados que eu fui. Você tenta me assustar com o mundo, me fazer voltar ao berço como se o único lugar seguro fosse embaixo de tuas asas.<br />
Isso é mentira. Isso é covardia.<br />
<br />
Não sou uma máquina que se pode ajustar, um robozinho, para que com apenas um toque minhas emoções se convencionem às tuas . Hoje, não tomo mais suas escolhas como verdade. Minhas verdades têm alicerces mais seguros, mais eternos. Fundamentos maiores do que mim e ti.<br />
Eu quero correr de bicicleta e sentir o vento no rosto. Eu quero te envaidecer sendo o que sou, não o que você espera que eu seja, sempre.<br />
Não vou abrir mão de buscar minha felicidade só pra te orgulhar. Troféus são objetos solitários que não se alegram com as próprias vitórias.<br />
E eu não quero ser um troféu que você coleciona.<br />
Te diria tudo isso se soubesses ouvir, mas enquanto meu espírito se turba de impotência, o teu se preocupa em coligir rodinhas.<br />
<br />
Cansei.<br />
Tirei as rodinhas.<br />
<br /><br /><br />
Vanêssa Aulette.Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-44871459388868276372011-12-13T15:54:00.000-08:002011-12-13T20:27:24.334-08:00Nó Na Garganta<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhff5tDf0gK-7x1HEOru2QqwHVQCQxNX7aK4y5e1rNWz2G_CRLwhRTFj4vlzhTnzMNrHffogYVJERazKqWVBmUQAElJF75-9QtfmlvT52RGakDXxae13lx2RdaNH80Z09vBQxhUZVPbJSF2/s1600/299227_207385145989911_169330456462047_526296_6080784_n%255B1%255D.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 98px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5685831844444200994" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhff5tDf0gK-7x1HEOru2QqwHVQCQxNX7aK4y5e1rNWz2G_CRLwhRTFj4vlzhTnzMNrHffogYVJERazKqWVBmUQAElJF75-9QtfmlvT52RGakDXxae13lx2RdaNH80Z09vBQxhUZVPbJSF2/s200/299227_207385145989911_169330456462047_526296_6080784_n%255B1%255D.jpg" /></a>Os ponteiros marcam 11h20, e eu sei que ele estará lá a qualquer momento. Sinto meu coração pulsar enquanto me dirijo ao seu caminho rotineiro, sua rota conhecida, em uma tentativa de cruzar nossas <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">direções</span>.<br /><br />O tempo passa... são 11h30 e eu me refugio na livraria ao lado, pra disfarçar meu intento. Meus olhos correm pelos livros, em uma mistura de disfarce e interesse... "Oh, um livro na promoção..." e lá vou eu ao caixa pagar um clássico de Aluísio de Azevedo. Olho pra o relógio, e já são 12h40... E ele não me apareceu... "Será que me distraí demais com os livros? Será que ele seguiu outra rota?"<br /><br />Prossigo, ainda ansiosa, à loja de música, onde nos esbarramos da última vez. Será que eu teria a mesma sorte? Mas não... "Um raio não bate duas vezes no mesmo lugar", e esse não bateu também...<br /><br />Começo a me turbar, procurando, em cada rosto que me passa, o único rosto que me tiraria de toda aquela angústia. Mas ele não vem. Cada rosto que passa só serve pra fazer volume na memória, não no coração. Esqueço-me do acaso que me fez parar <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-corrected">ali</span> e apresso o passo, andando a <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">esmo</span>, como que a intensidade do querer fosse <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">direta</span> e suficientemente <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">proporcional</span> à concretização do anseio de encontrá-lo...<br /><span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-corrected"></span><br /><span class="blsp-spelling-corrected">Dirijo</span>-me à parada de <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">ônibus</span>, um lugar cuja importância só nós sabemos. Reparo, ao longe, em um rosto moreno cansado, <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-corrected">equilibrado</span> pelo queixo com uma das mãos. Meu coração bate a galope ao pensar na possibilidade... Mas não, não era o meu rosto moreno que eu <span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-corrected">vi</span>, era qualquer outro rosto, um rosto que deveria ser amado por um alguém... Mas não por mim. Era uma miragem.<br /><br />"Quem sabe ele não estivesse com fome?" E lá vou eu, em meio às mesas, à procura dele. Sinto cheiro de pastel, mas <span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">cadê</span> o cheiro dele? Olho para o relógio (mais uma vez), são 13h30.<br />E cai a ficha. Ele não está mais lá.<br /><br />E, de repente, me falta o ar. O nó na garganta não me deixa respirar. Com facilidade, o nó começa a afrouxar, e as lágrimas brigam pra sair. E saem, e ardem sem piedade nos meus olhos cansados da solidão.<br />Minhas pernas me impulsionam a continuar andando, andam por vontade própria. Porque essa eu já não tenho. Compro uma barra de chocolate pra afogar as mágoas, antes que eu me afogue em lágrimas.<br /><br />E volto pra casa com um livro na mão, uma ferida no pé, uma aperto no coração e uma saudade corrosiva. Uma saudade que me agarra a cada despedida. Uma saudade que revisita suas mãos macias brincando com as minhas, o roçar da minha bochecha na sua barba mal feita, sua voz suave, os olhos distantes de quem não presta atenção em uma palavra do que eu digo, suas falsas despedidas que só servem de pretexto pra me envolver em seus braços.<br />Mas ele não está aqui, agora.<br />Só me resta me agarrar aos meus sonhos e às minhas lembranças e tentar sobreviver a mais um dia.<br />Ou a vários.<br /><br />Ou à eternidade que é não ter as mãos naquele rosto moreno...<br /><br /><br /><br /><span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-error">Vanêssa</span> <span id="SPELLING_ERROR_11" class="blsp-spelling-error">Aulette</span>.Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-3027994188672945782011-09-11T09:32:00.000-07:002011-09-11T12:40:52.269-07:00Tudo Tem o Seu Tempo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz-fq-Vj2jgzKqlpBH9YhgGUuXse-_dJAp9AsU_KHiP6IDGZWLkOFzZVld-AGINuuQaAxjq6umdQCd63DjX1tBkO3RzhEnQ5OnS7U5DTMWcizL5spUmEVhZH4Lla3R_L4_KqHkCz2Y7ycp/s1600/relogio%255B1%255D.JPG"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 164px; FLOAT: right; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5651185382022470066" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz-fq-Vj2jgzKqlpBH9YhgGUuXse-_dJAp9AsU_KHiP6IDGZWLkOFzZVld-AGINuuQaAxjq6umdQCd63DjX1tBkO3RzhEnQ5OnS7U5DTMWcizL5spUmEVhZH4Lla3R_L4_KqHkCz2Y7ycp/s200/relogio%255B1%255D.JPG" /></a> <em><em><br /><br /><blockquote><em><em>"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito<br />debaixo do céu." (Eclesiastes 3.1)</em></em></blockquote></em></em><br />Há tempo de estar calado, e tempo de falar. Há momentos em que mesmo de boca fechada a mente grita. Minhas ideias mais brilhantes surgiram na serenidade dos meus pensamentos. Só ssim se consegue ouvir claramente. E aceitar.<br /><br />O tempo é mais Hardcore do que se imagina. Às vezes é usado como antídoto para um relacionamento mal resolvido. Mas às vezes o tempo não cura nem um pouco. Apenas permanece parado enquanto duas almas se apaixonam ou deixam de amar de novo. Às vezes você até encontra a pessoa certa, mas provavelmente vocês vão estar em tempos diferentes. Você já se entregou de corpo e alma ao amor e se quebrou em cacos, mas superou as muitas perdas, espanou o medo pra debaixo do tapete, está pronta pra tentar de novo. Ele deve ter amado muito, mas algo deu errado e tudo foi em vão. Hoje, ele se bloqueia. Ele teme.<br /><br />Ficar com alguém é muito uma questão de sorte. Tem que estar no mesmo tempo, na mesma sintonia, na mesma vontade. Tem que estar embrulhado pra presente e pronto pra entrega. Vale esperar? Deve valer. Vamos pensar que é apenas uma questão de tempo e circunstância. Às vezes você tem que guardar o que sente até chegar a hora certa. É como guardar moedas num cofrinho para comprar uma bicicleta.<br /><br />Até comprar a bicicleta é preciso muito mais do que ser forte. É necessário dosar, saber a hora certa de baixar a guarda. Se render ao amor. Ser surpreendido fazendo planos. Deixar-se ser menino, ser sensível, ser bobo. Até que venha a certeza. Quando você a tem, você confia, você acredita, você dá uma chance, você aposta tudo o que tem sem se preocupar com as consequências.<br /><br />Enquanto o tempo certo não chega só mostramos parte do sentimento. A outra parte só observa, fica no bolso pra quando solicitada.<br />Já plantei. É tempo de se preparar para a colheita, na espera de prosseguir com o que foi interrompido. Recomeçar é sempre bom e faz bem. Tem gosto de fruta tirada do pé, fresquinha. É reconfortante.<br /><br /><blockquote><em>"Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia..."</em></blockquote>Temos a chance de fazer tudo diferente, e devemos agarrá-la com todas as forças. A vida é breve. Talvez devêssemos ser gratos pelo tempo que poderemos passar juntos, e parar de nos apegar ao que poderia ter sido.<br /><br />Não se deixa escapar aquilo que é verdadeiro.<br /><br />Vale à pena pagar pra ver o amor acontecer de novo.<br />Sempre.<br /><br /><br />Vanêssa AuletteVanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-57614764519093229272011-07-29T10:51:00.000-07:002011-11-03T16:35:48.842-07:00Chazinho Com Biscoitos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiyZxpEGicJYBPVo8VBl1nYi87dHxnbU0c5xq4H0lxvm4_HTNqzFCyCSA-PPqmwH5FjBpK_a_J5Z0eEmVnWWBFolXYalKXdlIWxwazdy9Vv9PQuPXdX8rUsa-kSldjW_BsJ-K14mjxFux1/s1600/4938578873_ee6e438292%255B1%255D.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 145px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5634885630950654418" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiyZxpEGicJYBPVo8VBl1nYi87dHxnbU0c5xq4H0lxvm4_HTNqzFCyCSA-PPqmwH5FjBpK_a_J5Z0eEmVnWWBFolXYalKXdlIWxwazdy9Vv9PQuPXdX8rUsa-kSldjW_BsJ-K14mjxFux1/s200/4938578873_ee6e438292%255B1%255D.jpg" /></a><em><br /><br /><br /><blockquote><em>"O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade" (Provérbios<br />17.17)</em><br /><br /></blockquote></em>Falar em amizade é fácil. Difícil é ter alguém em quem confiar de verdade. Eu tenho.<br />Meu melhor amigo nunca me pediu um texto. Talvez seja por isso que eu escrevo, pela <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">espontaneidade</span>. Ele sabe deixar que as coisas aconteçam a seu tempo. Meu melhor amigo é ele: <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">Wladimir</span> Martins. Faz aniversário dia 29 de Julho. Hoje.<br />Costumamos dizer que somos amigos virtuais. Isso mesmo, nossa amizade nasceu e cresceu em longas conversas no <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">MSN</span> e pouco <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">contato</span> no mundo real. Mal conseguimos conversar olho no olho. Até mesmo pelo telefone persiste o estranhamento. Nós não acostumamos a retina aos olhos, os tímpanos à voz, a mão à pele. As letras são o que me consolam. Sua caligrafia apressada é o mais próximo dele que eu consigo chegar sem o rubor na face.<br />Às vezes me pego tentando entender como aconteceu. De uma hora pra outra já éramos grandes amigos. Simplesmente. O mais próximo que cheguei de desvendar esse mistério foi dar créditos ao tempo. Sim, o tempo que dedicamos um ao outro. O segredo da amizade é esse: dedicação. Ele sempre esteve ao meu lado, mesmo à distância. Horas ao pé do computador tentando encontrar uma solução para algo banal. Não importa o que, nem a solução. O que importa é a <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">cumplicidade</span>. É quebrar a cabeça, mesmo que não venha solução.<br />Ele me deu um ombro. Na verdade, os dois. Ou melhor, vários. Já perdi a conta de quantas lágrimas ele me ajudou a enxugar. Nós perdemos amores e nos ajudamos a regenerar a alma juntos. Com ele eu <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">compartilho</span> tudo. Nós <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">compartilhamos</span>. Histórias <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">cômicas</span> e trágicas, peculiaridades, inseguranças, teses. <span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">Wladimir</span> me conhece mais do que minhas emoções se sabem. Ele me aproximou de Deus. Esse é o meu conforto: saber que tenho em quem confiar. E confiar mais. Uma confiança que transborda. Ele não me deixa desistir de mim.<br /><span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">Wladimir</span> sempre me apoia.<br />Mentira, às vezes ele discorda totalmente e defende sua ideia de maneira <span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-error">sutil</span>. Mas é isso que faz a diferença, nossas antíteses se completam. Nós criamos, modificamos e desenvolvemos tantas teses que poderíamos escrever um livro com elas. Ele me inspirou a escrever um poema e a testar a eficiência dos Correios, pela primeira vez.<br />Somos generosos nos elogios. Usamos da implicância para demonstrar <span id="SPELLING_ERROR_11" class="blsp-spelling-error">afeto</span>. Temos uma admiração mútua. E um <span id="SPELLING_ERROR_12" class="blsp-spelling-error">adjetivo</span> <span id="SPELLING_ERROR_13" class="blsp-spelling-error">predileto</span>: Romântico. Temos um mundo imaginário só nosso. Nele, <span id="SPELLING_ERROR_14" class="blsp-spelling-error">Wladimir</span> me leva para tomar <span id="SPELLING_ERROR_15" class="blsp-spelling-error">chazinho</span> com biscoitos, brincar no <span id="SPELLING_ERROR_16" class="blsp-spelling-error">parquinho</span>, ou dançar em cima do telhado. Cultivamos juntos um jardim de rosas vermelhas.<br />Já perdi a conta de quantas vezes lhe mandei <span id="SPELLING_ERROR_17" class="blsp-spelling-error">sms</span> no meio da madrugada simplesmente por estar sem sono. Ele me ajuda a tornar o ócio criativo.<br />É o rapaz mais inteligente que eu conheço. Tem talento pra música. Aprendeu sozinho a tocar flauta transversal e violão. Ainda fico impaciente com seu jeito passivo-agressivo. <span id="SPELLING_ERROR_18" class="blsp-spelling-error">Wladimir</span> sabe rebater minha impaciência com destreza. Ele usa aparelho e briga com o sorriso, quando esse quer desabrochar. Se permite, apenas, o sorriso da <span id="SPELLING_ERROR_19" class="blsp-spelling-error">Monalisa</span>. Ele me fez comer pão com bolo. Tem uma tara por perfumes femininos e biscoitos com recheio. Adora meus <span id="SPELLING_ERROR_20" class="blsp-spelling-error">salgadinhos</span> de queijo. Me vence no xadrez, mas não na <span id="SPELLING_ERROR_21" class="blsp-spelling-error">sinuca</span>.<br />Ser amigo é saber a fundo o que o outro gosta ou deixa de gostar. É conhecer mais o silêncio do que uma multidão de palavras. Criar <span id="SPELLING_ERROR_22" class="blsp-spelling-error">adjetivos</span> e piadas internas que só eles saberão. <span id="SPELLING_ERROR_23" class="blsp-spelling-error">Retrucar</span> a admiração com mais admiração. Puxar o verbo quando for necessário.<br />Somos amigos a 2 anos, e ele não desistiu de mim. Nossa amizade cresce a cada dia. Mesmo. Somos leais. Fiéis. Mais do que em qualquer relação amorosa.<br />Um dia ainda tomaremos aquele <span id="SPELLING_ERROR_24" class="blsp-spelling-error">chazinho</span> com biscoitos.<br /><br /><br /><blockquote><em>"Eu sou o diário dela, e ela é meu diário." (<span id="SPELLING_ERROR_25" class="blsp-spelling-error">Wladimir</span> Martins) </em></blockquote>Parabéns pelo seu dia, criança de 7 <span id="SPELLING_ERROR_26" class="blsp-spelling-error">aninhos</span> que estuda em colégio especial!<br />Uma rosa romântica da sua ratinha,<br /><br /><span id="SPELLING_ERROR_27" class="blsp-spelling-error">Titia</span>.Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-3357226958039442732011-07-24T19:02:00.000-07:002011-07-25T10:02:05.468-07:00Beijo de verdade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzRBVQl3q5cqSmYLMinouCQ_SqtDr7U5peMsRajt3FLzkKMvX_mkqfW8QLMmt68Rq3LUPSQcGOFA1BgW1muhA-p9pOeDt2fpUV2opBguJ1l6qus5hQ1xz2sIvnFsPzlls6cH63jLcATfZP/s1600/tumblr_ky5s86pscn1qzjacdo1_500%255B1%255D.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 128px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633318838184426082" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzRBVQl3q5cqSmYLMinouCQ_SqtDr7U5peMsRajt3FLzkKMvX_mkqfW8QLMmt68Rq3LUPSQcGOFA1BgW1muhA-p9pOeDt2fpUV2opBguJ1l6qus5hQ1xz2sIvnFsPzlls6cH63jLcATfZP/s200/tumblr_ky5s86pscn1qzjacdo1_500%255B1%255D.jpg" /></a>Sempre me perguntei como seria meu primeiro beijo de verdade. De verdade, se me entendes. Pode esquecer os <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error"><span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">selinhos</span></span> na mamãe, na <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error"><span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">titia</span></span>, no irmão. Esqueça os <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error"><span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">selinhos</span></span>. Eu falo do beijo de cinema. Do cinema que plantou botões de rosa e pintou arco-íris na minha massa cinzenta.<br /><br />Imaginava meu primeiro beijo no baile de formatura, daquelas formaturas à fantasia, de filme americano. Eu seria uma princesa, e talvez fosse coroada a rainha do baile depois de tudo. Às vezes, minha imaginação não ia muito longe. Às vezes, meu pé só levantava enquanto meu amado enlaçava minha cintura. Estaria tocando uma música romântica ao fundo. Uma música para eu chamar de "nossa".<br /><br />Não conseguia decidir ao certo o que faria com minhas mãos. Talvez segurassem outras mãos. Ou talvez se perdessem n'outros cabelos. Mas o melhor de todo esse devaneio, aquilo sobre o qual eu não tinha dúvidas de como gostaria que fosse, seriam duas coisas.<br /><br />A primeira: Ele não precisaria ser muito alto, mas o bastante para me levar à ponta dos pés. Talvez seja o desejo íntimo de todos, o de superar obstáculos por aquilo que <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-corrected">ansiamos</span> com todas as nossas forças, mesmo que fosse alguns centímetros do chão.<br /><br />A segunda: Seria com amor (<span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error"><span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">correspondido</span></span>). Simplesmente. Nunca fui do tipo <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error"><span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">maria</span></span>-vai-com-as-outras. Nunca me deixei levar por aquelas que me zombavam por ser o que chamam de "<span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error"><span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">BV</span></span>". Pra falar a verdade, eu sentia um orgulho íntimo nisso, uma afeição com o intocável. Um estranho nunca teria meu beijo, não com minha vontade. Seria com alguém que significasse tudo. Seria quando eu sentisse aquela sensação de que não haveria nada igual.<br /><br />Sempre me perguntei como acontecia um beijo. Será que vem do instinto? Será que já nascemos com o conhecimento dessa arte? Por via das dúvidas, não quis correr o risco de não estar pronta. Odeio quando não tenho a palavra certa, a atitude prudente, o conselho tão necessário. Odeio simplesmente não saber como agir. Com o primeiro beijo não seria diferente. Quem nunca teve um caso de amor com a própria mão, que atire a primeira pedra.<br /><br />O que mais me perturbava disso tudo era o pós-beijo. O que se fala depois do primeiro beijo? Como eu disse, odeio não estar pronta. E isso eu não podia controlar, sequer conseguia pensar em um diálogo coerente com o espelho. Nos filmes tudo é mais fácil. Sempre.<br /><br />Meu primeiro beijo aconteceu, mas não foi como eu imaginei.<br />Não teve baile. Minha perna não levantou. Não tinha música romântica ao fundo. O garoto era mais baixo do que eu. Pouco depois <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-corrected">descobri</span> que ele não me amava realmente. Que ironia, não? Eu não sabia como me sentiria durante meu primeiro beijo de verdade, não se sabe tanta coisa aos 14 anos de idade. Só tinha a certeza de que não deveria me sentir daquele jeito. Eu estava tão preocupada com a técnica , com o "fazer certo", com o que o outro iria achar, que acabei esquecendo de sentir aquilo. A famosa "magia do primeiro beijo". Isso eu só fui sentir pouco mais de um ano depois.<br /><br />O medo nos impede de amarmos plenamente.<br /><br />Se seu primeiro beijo ocorreu às mil e uma maravilhas, parabéns, você é uma pessoa de sorte.<br />Porque nem sempre seu primeiro beijo será seu primeiro beijo DE VERDADE.<br /><br />Não crie expectativas. Não <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">planeje</span>. Quando você <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">planeja</span>, nem sempre as coisas saem como você desejaria que fossem, nem da forma como realmente deveriam ser. É um fiasco. Deixe acontecer.<br /><br />Quando você der seu primeiro beijo de verdade você vai entender. Porque quando os lábios se tocarem você vai sentir no corpo todo. Um beijo tão quente e profundo que você não vai querer parar pra respirar. Você desejará que, pelo resto da vida, seus beijos sejam só dele(a), de mais ninguém. As borboletas do seu estômago visitarão as borboletas do estômago do outro. Ambos os corpos estarão tão inundados em uma neblina, que você estará em um baile, se quiser, ou numa praia deserta, sob a luz da lua, se quiser. Isso não vai importar. Porque ambos estarão tão desligados do mundo que não lembrarão nem o próprio nome. Você sairá de órbita, será só você, ele(a) e aquele momento. É quando você está tão <span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-corrected">inebriado</span> com a respiração do outro que tampouco importa a música romântica estar tocando ou não. Você nem vai lembrar das próprias pernas. Você vai perder o chão. Você não vai precisar superar os obstáculos, o outro superará por você. Quando os lábios se soltarem, enfim, as palavras vão sair naturalmente. Será diferente de tudo o que você imaginou um dia. Mais tarde você vai tentar recordar a posição <span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error"><span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">exata</span></span> dos braços que te envolveram, mas você não vai lembrar dessa vez.<br />Nem da próxima.<br /><br />Porque amar é sair do próprio corpo para tentar o do outro.<br /><br />Quando você sentir isso, parabéns, você deu seu primeiro beijo de verdade.<br />Você terá a sensação de que não haverá nada igual.<br /><br />Porque quando achar a pessoa certa, seu primeiro beijo vai ser TUDO.<br /><br /><br /><span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-error"><span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">Vanêssa</span></span> <span id="SPELLING_ERROR_11" class="blsp-spelling-error"><span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-error">Aulette</span></span>Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-88425722179454066562011-07-16T06:14:00.000-07:002011-08-05T22:09:56.114-07:00Simplesmente esquecemos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDc6ilywl6L7epffi_pH8AEBoIw8vl3IdeQeb9KLVW9rhGQOe-1WbbKkfugVDn_xjw8wgI1pWnbeMfBYWuY5-HRMR4sO0ZSgJZ6IVKJ_Vae5lA6pZc4-TY0zlkonT9slIbLc_nhOn5gPX7/s1600/greycat_labrador2%255B1%255D.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 170px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5630140032771208786" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDc6ilywl6L7epffi_pH8AEBoIw8vl3IdeQeb9KLVW9rhGQOe-1WbbKkfugVDn_xjw8wgI1pWnbeMfBYWuY5-HRMR4sO0ZSgJZ6IVKJ_Vae5lA6pZc4-TY0zlkonT9slIbLc_nhOn5gPX7/s200/greycat_labrador2%255B1%255D.jpg" /></a> Deixe o peso rolar dos seus ombros. Você não sabe que a pior parte já passou? Nós esquecemos. Sim, nós simplesmente esquecemos. A conversa pendente não precisou ser terminada para ser entendida. Os olhos falaram por nós dois.<br /><br /><div>Pra onde foram as cobranças e a mágoa? E a culpa, então, em quem jogamos? Já nem lembro da culpa. Dos espinhos. Eles simplesmente saíram com a mesma rapidez com que entraram. Sem piedade. Sem olhar pra trás para não dar espaço para a dúvida.<br />Nós esquecemos de encurtar o abraço, de negar sorrisos, de manter metros de distância, da indiferença. Dos verbos definitivos e quase seguros de sí decorados no espelho. Nós esquecemos de fingir.<br />Quando esquecemos de demonstrar a raiva é porque nós nunca a sentimos, realmente.<br />Em vez disso, nós demos lugar às provocações, às ironias, ao afago na franja, ao rubor da face, à proximidade desnecessária (mais necessária do que você imagina), ao abraço e aperto de mão infindáveis. Nós demos lugar à nostalgia. À mesma lua cheia de um fim de tarde de quinta-feira.</div><br /><div>É como quando comemos um bolo. Começamos pelo miolo, pelo homogêo. Por fim, saboreamos a cobertura com suas caldas e granulados. O mais prazeroso fica por último. Você me deixou por último. Eu sei.</div><br /><div>Nós falhamos no plano. O plano falho mais recompensador de todos. Porque se toda recompensa fosse essa, desejaria passar a eternidade falhando. E você não poderia me culpar por isso porque também falharia. Você me entenderia. Sempre.</div><br /><div>Todo o tempo nunca seria longo o suficiente ao seu lado. Já sinto falta do seu cheiro, meu amigo.</div><br /><div>Mas não diga nada, não agora. Deixe o tempo falar por nós dois.</div><br /><div>Porque os espinhos vão embora, mas são essas pequenas maravilhas que permanecem.</div><br /><br /><div>Vanêssa Aulette</div>Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-31614962266455797232011-07-03T16:29:00.000-07:002011-08-05T22:22:32.806-07:00Crianças do parquinho<img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 180px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625311270694602706" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCsym7GTUa_liMRCYZ8RMO4IjT2m4P8OcVRsrNzZgAaWOPZDgs35o2_cedDfgTPyVflESbq6HR4qZ37If-rUbgweInqpbdn4VvXZIf_dCyUJ54KdQzuamF9YT0qxoSRnQppYCDq7a_0DNX/s200/tumblr_ldqlo5s7OD1qfyfjko1_500%255B1%255D.jpg" />Depois de cuidadosa consideração e muitas noites sem sono você descobre que não há nenhuma coisa tal qual o crescimento. Nós saímos do casulo, nós mudamos. Nós aprendemos com os nossos erros. (Nada mais eficaz do que aprender com os próprios erros). Olhamos com olhos sábios para quem fomos. Muitas vezes nos envergonhamos desse passado, mas é normal. Que mal tem em cheirar o próprio pum no sofá aos 9 anos de idade? É fase.<br /><br />Cada dia é um aprendizado. <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">Saimos</span> com o guarda-chuva no dia nublado. Aprendemos o macete para se abrir vidros de palmito. Assimilamos a posição estratégica do absorvente na <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">calçinha</span>. Passamos a ser o porquinho que <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">constrói</span> a casa com cimento e tijolos. Nós pegamos o jeito.<br />Nós nos acostumamos com a dor e a acolhemos como uma velha amiga. Porque ela sempre bate à nossa porta, embora por diferentes motivos, ou talvez os mesmos motivos com uma nova roupagem. Nós nos tornamos íntimos da dor, aprendemos a conviver.<br /><br />Maturidade é segurar a dor no colo.<br /><br />Aprendemos, de alguma forma, a anestesiar os sentimentos. Você namora aquele par de sapatos da <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">vitrine</span>, mas consegue refrear o impulso de amaldiçoar a vida por não poder comprá-lo no momento. A paciência chega com o tempo. É como um copo que aumenta de volume com o passar dos anos. Pinga, pinga, inunda até a borda, mas não transborda.<br /><br />Você não se acostuma com as perdas, você se conforma. Porque, de uma forma ou de outra, as coisas, pessoas, sentimentos, momentos que perdemos acabam sendo substituídos por outras coisas, pessoas, sentimentos e momentos. Tudo a seu tempo.<br /><br />Maturidade é o olhar sereno de uma idosa.<br /><br />Se você tem sorte, cura as feridas superficiais. Mas as inseguranças básicas, os pequenos medos e todas aquelas velhas e grandes feridas crescem <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">conosco</span>. Temos que lavar essas feridas e esperar um tempo... pra que se curem.<br /><br />Mas, apesar de todo esse suposto controle da situação, o plano falha. É como a água que escorre por entre os dedos. De repente, não chove. O vidro racha. O sangue vaza. Esquecemos de esquentar a lareira. Você se pergunta "o que deu errado?". O manual de instruções se torna inútil e você sente o desejo de mandar o fabricante às favas. Mas cada caso é um caso. Precisamos permitir que o plano de nossas vidas assuma viradas inesperadas. Que a <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">direção</span> dos <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">projetos</span> que pensávamos ser estáveis sejam instáveis. Isso é entender o tempo.<br /><br />Maturidade é fazer o bolo sem a receita.<br /><br />Nós ficamos grandes, nós ficamos altos, nós envelhecemos, mas na maior parte do tempo somos um grupo de crianças correndo em volta do parque tentando desesperadamente ficar em forma. Quando tudo parece equilibrado, manso, intocável, a máscara cai e tomamos decisões desesperadas e/ou infantis. A nostalgia vence. Sentamos no chão da fila do cinema. Dançamos na chuva. Raspamos o pote de iogurte com o dedo. <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">Guerriamos</span> com bolinhas de <span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">catota</span>. Dormimos abraçados com nossos velhos ursos. Passamos um trote mudos só para ouvir uma determinada voz. Nós quebramos as regras que fazemos para nós mesmos. Nós temos acesso de raiva quando as coisas não vão como queremos. Agimos como crianças cheias de gostos e <span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">birrentas</span> de <span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-error">supermercado</span>. Nós sussurramos segredos bobos <span id="SPELLING_ERROR_11" class="blsp-spelling-error">pros</span> nossos amigos. Nós procuramos conforto onde nós podemos achar. E nós desejamos <span id="SPELLING_ERROR_12" class="blsp-spelling-error">ferrenhamente</span>, mesmo indo contra toda a lógica, contra toda a experiência. Como crianças, nunca desistimos da esperança, dos sonhos. Os sonhos são como parte de nós. Viver sem eles é como guardar o braço na gaveta, esconder os olhos no porão, estender a perna no varal.<br /><br />É possível crescer, mas eu nunca <span id="SPELLING_ERROR_13" class="blsp-spelling-error">conheci</span> alguém que realmente tenha feito isso.<br />As lições não se fixam de uma hora pra a outra. É um evento, grande ou pequeno, alguma coisa que muda a gente. Idealmente nos dá esperança, uma nova forma de viver a vida e de olhar o mundo. <span id="SPELLING_ERROR_14" class="blsp-spelling-error">Desfazemo</span>-nos de velhos hábitos, memórias antigas. Apertamos o botão F5 e, de repente, não somos os mesmos.<br />Mas no fundo, no fundo, sabemos que existem algumas coisas que valem <span id="SPELLING_ERROR_15" class="blsp-spelling-error">àpena</span> serem mantidas.<br /><br />Porque ser maduro é permitir-se ser a borboleta<br />Sem deixar de revisitar o casulo.<br /><br /><br /><span id="SPELLING_ERROR_16" class="blsp-spelling-error">Vanêssa</span> <span id="SPELLING_ERROR_17" class="blsp-spelling-error">Aulette</span>Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-8813601810059970862011-06-12T14:53:00.000-07:002012-06-02T20:24:15.165-07:00Uma declaração<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCMCcnyNB_ZhoiqJOXxBVAe7_kREcBaQEhL5HO6zOC-rGIJxDM651lQKFsnLtfkw8ds3jg-rg5AoYOTRFDFFr5ZzNwAD6G2dNwuByX1U3YcQUqiauP8FBqgY6MlD1yXngTGDM5GRGncKE5/s1600/amor.jpg_2%255B1%255D.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617463039804399026" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCMCcnyNB_ZhoiqJOXxBVAe7_kREcBaQEhL5HO6zOC-rGIJxDM651lQKFsnLtfkw8ds3jg-rg5AoYOTRFDFFr5ZzNwAD6G2dNwuByX1U3YcQUqiauP8FBqgY6MlD1yXngTGDM5GRGncKE5/s200/amor.jpg_2%255B1%255D.jpg" style="float: right; height: 188px; margin: 0px 0px 10px 10px; width: 200px;" /></a> Não vou dizer que te amei desde a primeira vez em que te vi, mas que desde que te enxerguei não <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">consegui</span> tirar os olhos de você. Eu te procuro nas ruas em cada olhar, cada cheiro, cada sorriso, cada jeito, mas o que encontro não me parece suficientemente <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">verossímil</span> para convencer a mim mesma. Porque parece-me que todos os caminhos certos são aqueles que me direcionam a você. Até mesmo quando tento (não sem antes muito relutar) fugir de você, é pra você que eu volto correndo. Como se o mundo lá fora fosse assustador demais e somente sua proteção me mantesse segura. Como se respirar o teu ar e me aquecer no teu calor fossem as únicas coisas que me prendem à terra.<br />
<br />
Se eu soubesse que um dia te encontraria, eu nunca teria chorado ao nascer, jamais teria reclamado da dor nem me envolvido com outros garotos. Se eu soubesse que te encontraria, teria sido mais obediente aos meus pais, teria me desapegado das coisas materias. Porque quando esse dia chegasse, então eu teria TUDO!<br />
Você tem o domínio sobre minhas emoções, você é, ao mesmo tempo, minha fonte de inspiração e o motivo da ausência dela. Eu sei que nos planos que Deus tem pra você há uma mulher companheira à sua espera, eu sei que está escrito.<br />
<br />
Eu quero ser a eleita.<br />
<br />
Quero cumprir tuas promessas, quero ter parte na tua felicidade. Porque ter o teu sorriso todos os dias é o meu segundo maior desejo.<br />
Quero ser a peça que estava faltando no teu quebra-cabeças e no teu tabuleiro de xadrez.<br />
Quero perder o meu dia 11 de junho escolhendo cuidadosamente o teu presente do dia 12.<br />
Quero descobrir teu jeito preferido de dormir, de pegar nos talheres, de passar o perfume. Quero perder cada segundo da minha vida tentando chegar na tua essência, decifrando tuas manias.<br />
Quero substituir o monólogo que era a minha vida antes de você e dar lugar a todas as palavras cálidas do nosso dicionário.<br />
<br />Porque ainda que eu tivesse todo o dinheiro do mundo, todas as estrelas do céu e todas as pérolas do mar, de nada adiantaria. O tudo que eu tivesse não valeria a tua existência.<br />
<br />
Se isso não é amor, então eu não sei o que é.<br />
<br />P.S.: Feliz Dia dos Namorados.<br />
<br />
<br />
Vanêssa AuletteVanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-40667615599586242912011-05-06T17:32:00.000-07:002011-07-04T12:22:10.023-07:00Carpe Diem<img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603784073079910018" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDKPz3J3OS9GisB91kx8aDSFRp-ZJn_SvaGWOwjfspbyKGxX8oNAQvnhoIL3M5mRDtPRtf4qKbre8zUxX6lxUZmoOQeFooM-JAT1-B_3KnbaIjsQaAbTJxjRi0FcLOM1-0IV3CpnMrSXBE/s200/ampulheta%255B1%255D.jpg" />São 21h15, faltou energia. Me arrasto <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">molemente</span> para o sofá com uma <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-corrected">xícara</span> de café nas mãos. Livros, cálculos, relatórios, trabalhos, pesquisas, afazeres, (quase) tudo me espera. A luz da vela nessas horas nunca parece convincente o bastante. Não que eu me importe.<br /><br />Tomo um gole de café.<br /><br />Momentos como esse são como desculpas para deixar o hoje pra amanhã. É como <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">espanar</span> a poeira pra debaixo do tapete. É como parar o mundo e descer, nem que seja por alguns minutos. Uma oportunidade para concentrar todas as forças relembrando o passado ou <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">projetando</span> o futuro; ou simplesmente pensando em nada. O presente pode esperar...<br />Por um curto espaço de tempo você tem a chance de fugir da correria, das cobranças, dos deveres, da alienação.<br /><br />Tomo um gole de café.<br /><br />"Nunca deixe pra amanhã o que você pode fazer hoje", diria Benjamim Franklin. Eu não sei por que adiamos as coisas. Talvez por medo. Medo de fracassar, medo da dor, medo da rejeição. Às vezes é medo de tomar uma decisão. E se for a decisão errada? E se cometermos um erro que não se pode concertar? É como manter um amor <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">platônico</span> por medo de se declarar. É como adiar um pedido de namoro com medo do sentimento. É como contar até cem para conversar com os pais, por medo da <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-corrected">retaliação</span>. É como deixar de dizer "eu te amo" com medo de se sentir bobo. E se por causa da covardia você deixar de saber que também foi amado platonicamente?; e se perder o outro pra alguém com iniciativa?; e se perder a oportunidade de você e seus pais serem melhores amigos?; e se o "eu te amo" fosse o bastante para o outro querer a eternidade ao seu lado?<br /><br />Não vale à pena deixar pra amanhã.<br /><br />Temos que errar para aprender. Temos que aprender nossas lições. Temos que varrer a possibilidade de hoje pra debaixo do tapete de amanhã até não poder mais. Ter certeza é melhor do que imaginar. Acordar é melhor do que dormir. A dor do arrependimento é menor do que a dor da possibilidade.<br /><br />Benjamin fez descobertas sobre a <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">eletricidade</span>, devia saber o que estava dizendo.<br />Como seria fácil se pudéssemos apagar as luzes sempre que precisássemos de uma saída. Mas isso seria viver de fiado. Deixemos as prestações e dívidas. Vamos viver à vista. Porque viver é pra hoje.<br />Ainda está escuro aqui, mas vamos à luta com as velas.<br /><br />Porque mesmo o maior fracasso, mesmo o maior e <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">incontornável</span> erro é melhor do que nunca tentar.<br /><br />Terminei o café.<br /><br /><br /><span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">Vanêssa</span> <span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">Aulette</span>Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-85353552926033435862011-04-19T07:12:00.000-07:002011-04-23T16:20:31.291-07:00Apaixonados incorrigíveis<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ03hdp7cI8XyMQ71S0Mt82EPUGx3BzxiGgyM7PUiN33T45NK8HMtOqJ4sJUnprT85eb7V8prmvJ0KmYjSTmcwH0TbUTlcRUcJIH6hyY4lFjK0UVGTpRhNQVPduPZMCr1EEi1AQjp6E3DH/s1600/cute%252Cfaces%252Cfinger%252Cfaces%252Cfingers%252Cfriend%252Cfriends%252Cfriendship%252Cpink%252Cpolka%252Cdots-b33681857f73e8a9e719e1cf77c78392_m%255B1%255D.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 171px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5598855923352073234" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ03hdp7cI8XyMQ71S0Mt82EPUGx3BzxiGgyM7PUiN33T45NK8HMtOqJ4sJUnprT85eb7V8prmvJ0KmYjSTmcwH0TbUTlcRUcJIH6hyY4lFjK0UVGTpRhNQVPduPZMCr1EEi1AQjp6E3DH/s200/cute%252Cfaces%252Cfinger%252Cfaces%252Cfingers%252Cfriend%252Cfriends%252Cfriendship%252Cpink%252Cpolka%252Cdots-b33681857f73e8a9e719e1cf77c78392_m%255B1%255D.jpg" /></a> Cartas, bilhetes, mensagens, tudo parece tão bobo quando se olha racionalmente. O amor te deixa idiota. Você olha e pensa "fui eu que <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">escreví</span> isso tudo? Não acredito...". Não, não foi você, foi quem você se tornou com a outra pessoa.<br /><br /><div>Um romântico <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">incorrigível</span>.</div><br /><div>Humilhações, elogios, juras de amor eterno. É tudo o que sai da caneta quando se está recostado na cama sob a luz do luar degustando um chocolate. É doce.</div><br /><div>Todo você é doce quando ama.</div><br /><div>Os apelidos carinhosos, as piadas internas, os planos mais mirabolantes e até mesmo os mais simples como viajarem juntos de <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">ônibus</span> à noite pela cidade pelo simples prazer de sentir o calor e a calma que o outro lhe traz.</div><br /><div>É nauseante ver as juras dos outros. É vendo as sensações alheias que você <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-corrected">reconhece</span> as próprias sensações. Em se tratando de você, nenhuma demonstração de <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">afeto</span> é boba o bastante, pelo simples fato de o amor ser seu. </div><br /><div>Somos <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">romanticamente</span> hipócritas.</div><br /><div>Somos como passarinhos brincando nas poças d´água. Quando roubamos um beijo somos como as pombas que bicam sorrateiras os farelos. Quando vemos o outro somos como cães que abanam o rabo ao verem seus donos. Quando escrevemos uma carta somos simplesmente apaixonados <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">incorrigíveis</span>.</div><br /><div>Guardo pedaços teus não por medo de que o tempo e a distância possam apagar tuas lembranças, mas por querer sentir tudo <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-corrected">de novo</span>. Reconstituir a cena do crime. Como se os mesmos gestos, o abrir da carta, a mesma calçada, as horas do dia e as palavras na retina pudessem viver tudo novamente. Relembrar não é a palavra certa, porque é como se já estivesse esquecido.</div><br /><div>Eu não quero te relembrar, eu quero te reviver.</div><br /><div>Porque não precisei perder para saber o quanto era valioso, mas precisei perder para saber o <span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-corrected">quanto</span> era necessário.</div><br /><br /><div>PS.: Eu ainda sou tua vermelhinha.</div><br /><br /><br /><div><span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">Vanêssa</span> <span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-error">Aulette</span> </div>Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-81893903969481003062011-04-09T19:29:00.000-07:002012-06-02T20:27:08.317-07:00Folha em branco<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKHtJvguZYnFzgfzkfcJumocvFttj7zTjO3Gsjt0TwDCDDAdhIH7bHn8VGMTDrFcfe8u45XLMW6iV8MgBIIufE_kFNa3F2RaAmFrFHfM8Sq9xAGlD7ZqrN1zDtSwSPuUyJTZrhlTPEhhxH/s1600/folha_em_BRANCO%255B1%255D.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5593830379119015250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKHtJvguZYnFzgfzkfcJumocvFttj7zTjO3Gsjt0TwDCDDAdhIH7bHn8VGMTDrFcfe8u45XLMW6iV8MgBIIufE_kFNa3F2RaAmFrFHfM8Sq9xAGlD7ZqrN1zDtSwSPuUyJTZrhlTPEhhxH/s200/folha_em_BRANCO%255B1%255D.jpg" style="float: right; height: 147px; margin: 0px 0px 10px 10px; width: 200px;" /></a> Mil coisas na cabeça, nenhuma sai da pena. Mil rostos à frente que só ocupam espaço na memória, não coração. As migalhas nunca foram tão necessárias quanto agora. <br />
<div>
Nossas conversas, nossas brincadeiras, nossas piadas internas. Quando acontecem, acho que é Deus compadecido com os meus cacos. E eu, como uma criança, lambo o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">potinho</span> do iogurte, remexo com o dedo, tento aproveitar cada gota doce do que foi você. Do que fomos nós. Um dia acreditei que certas coisas eram para sempre, mas o tempo me ensinou que até mesmo o "para sempre" é temporário. Espero que esse vazio também seja.</div>
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Eu sei que tem um mundo maravilhoso lá fora, mas não consigo <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">senti</span>-lo agora. Eu sei que isso vai passar, mas eu apenas quero chorar agora.</div>
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Suas mãos já não seguram firme meus dedos e o teu sorriso já não é o mesmo. É como entrar pela porta dos fundos em uma casa que um dia foi sua. Hoje eu sou como um sapato roto, largado, velho.</div>
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As asas da esperança me trazem à memória seus planos. Recomeçar em uma folha em branco, lembra-se? Reinventamos maneiras e frases para renovar as esperanças e prosseguir com o que foi interrompido. Recomeçar é sempre bom e faz bem. O prazer de poder recomeçar tem gosto de fruta tirada do pé, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">fresquinha</span>. É reconfortante. Mas não é tão simples assim. Você não pode tocar em cordas quebradas. Dizem que o tempo cura, mas não. Às vezes o tempo não cura. Nem um pouco. Apenas permanece parado enquanto nos apaixonamos ou deixamos de amar de novo. Não faça isso...</div>
<br />
<div>
Eu quero muito abrir seus olhos porque eu preciso que você olhe dentro dos meus. Eles nunca foram tão suplicantes quanto agora. Quer que eu me ajoelhe? Me ajoelharei. </div>
<div>
Ninguém disse que seria tão difícil. Eu não estava pronta. Não estou. Mas vamos voltar ao começo, vamos voltar a correr atrás da cauda como cães filhotes. Vamos murmurar palavras <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">cálidas</span>, ironias românticas. Vamos preparar nossa folha em branco, moldá-la juntos. Cortar as arestas, comprar as canetas. Eu só preciso ouvir um "te esperarei". Não peço muito, só peço seu coração em troca do meu. </div>
Permita-se amar novamente. <br />
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Porque eu nunca deixei de fazê-lo.</div>
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<br />
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<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Vanêssa</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">Aulette</span></div>Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-33694936279848550192011-03-08T04:57:00.000-08:002011-03-08T10:01:37.784-08:00A Saudade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqp5gWmMVCYQvOZbbJzJddG_tF4puLydy7qVKGRFF2YKYs8Z7xa1djSbRUKqt3IisLSHrpB6QKM-z3DShJ2iTERkA0wgvZEGr0FGO6pno1MJN_7Yo42_mnteLVYqJrph9oG8jvWYWuwRW9/s1600/OgAAABYRtuaTwKzpoj-rxGq3bLsIDiKeConpt0hZe-9wCImNoF7qLVd1Fq0gK_M6KkdhwmMC88GCff0PwFQ3tCo1RxIAm1T1UJ2USgKgiKjpRuwaUhlC5ScN7gN8.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 149px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5581703636713311666" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqp5gWmMVCYQvOZbbJzJddG_tF4puLydy7qVKGRFF2YKYs8Z7xa1djSbRUKqt3IisLSHrpB6QKM-z3DShJ2iTERkA0wgvZEGr0FGO6pno1MJN_7Yo42_mnteLVYqJrph9oG8jvWYWuwRW9/s200/OgAAABYRtuaTwKzpoj-rxGq3bLsIDiKeConpt0hZe-9wCImNoF7qLVd1Fq0gK_M6KkdhwmMC88GCff0PwFQ3tCo1RxIAm1T1UJ2USgKgiKjpRuwaUhlC5ScN7gN8.jpg" /></a>Não encontrei no dicionário significado digno. Metáforas, essas sim nos são de grande utilidade quando palavras arrumadas não dão conta. Elas repintam aquilo que já estava pintado para que pareça novo, tenha um novo significado.<br /><br />No meu dicionário de metáforas Saudade é como um hóspede importuno: chega pra passar uns dias e não tem pressa de ir embora. Bate forte à nossa porta. Por vezes a porta quebra. Trocamos a porta, mas não o hóspede.<br /><br />Saudade é quando você está no paraíso, mas desejaria estar na terra com uma única pessoa. É deixar um pouco a cidade onde você mora e fazer uma viagem à cidade natal. Saudade é ser egoísta consigo mesmo; se preocupar mais com o alheio do que com o próprio. Saudade é quando você deixa de ser o poeta e se torna o poema; um poema incompleto...<br />É quando você desaprende a conjugar no presente e somente conjuga no pretérito imperfeito. Saudade é como assistir sozinho a uma sessão de cinema; assistir ao próprio filme.<br /><br />Saudade é quando você sente uma adaga no peito. É quando o relógio aproveita pra cravar a adaga mais fundo. Saudade é quando a areia do tempo corre devagar, pelo simples fato de você não estar desperdiçando-a com outra pessoa; o desperdício mais bem aproveitado. Saudade é quando você sente o cheiro do outro, mesmo ele estando a quilômetros de distância. A saudade vai contra as leis da química; o calor do outro consegue viajar pelo vácuo. É quando você vê um rosto, ainda que esteja de olhos fechados. Saudade é quando você admira uma estrela na esperança de que outra pessoa a esteja admirando também.<br /><br />Saudade é quando apenas uma ligação faz seu coração bater mais rápido e devagar ao mesmo tempo. É como se a voz assustasse o coitado e o deixasse inerte; e depois de cair a ficha ele pulasse de alegria como um cachorro quando vê seu dono. O meu coração é um vira latas.<br /><br />A Saudade vira tudo pelo avesso. Quem nunca se sentiu assim com o coração na mão e a mão no peito? Quem nunca se deitou como um feto e apertou forte contra o corpo os joelhos?<br /><br />A saudade é traiçoeira. O que os olhos não veem, o coração sente.<br />Eu sinto.<br /><br />A saudade é minha melhor amiga, nunca me deixa só. Ela sempre vem ao meu encontro quando a chamo (e quando não chamo também...). Ela dorme e acorda comigo; ela me faz companhia quando escovo os dentes; ela me chama pra brincar quando preciso fazer o dever de casa. A Saudade não me deixa desistir, ela me conforta. Ela me mostra o quanto isso é importante pra mim.<br /><br />O seu hóspede importuno não aceita a possibilidade de uma despedida. Ainda assim, continuo cuidando dele.<br />Eu o alimento.<br />Eu não quero que ele vá embora.<br />Porque enquanto ele existir eu tenho a certeza de que você ainda existe dentro de mim.<br /><br />PS.: Sinto sua falta.<br /><br /><br />Vanêssa AuletteVanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-17313821937043030362011-02-24T19:06:00.000-08:002011-03-08T05:55:38.705-08:00Serenata de Amor Platônico<div align="justify"><span style="font-family:courier new;">Fugindo um pouco da rotina, aqui vai uma breve <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">crônica</span>...</span><br /><span style="font-family:courier new;"></span><br /><span style="font-family:courier new;">Dia desses larguei do colégio e passei na banca de revistas pra comprar um bombom. Comprei um Serenata e fui degustando-o enquanto me dirigia pra a parada de <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">ônibus</span>. Como de costume, <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">lí</span> as frases românticas no <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">papelzinho</span> da embalagem. Dentre elas, esta: "Uma pessoa que sofre de amor <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">platônico</span> pensa em sua paixão 24 horas por dia. Sabe por quê? Porque o dia só tem 24 horas".</span><br /><span style="font-family:Courier New;"><span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">Refletí</span> um pouco e reparei que quase todas as frases de amor do Serenata fazem menção ao amor <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">platônico</span>. Relendo essa frase acima pensei: "por que pra pensar na pessoa amada durante o dia todo o amor tem que ser necessariamente <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">incorrespondido</span>?"</span><br /><span style="font-family:Courier New;">Quem tem o outro não tem motivos suficientes pra fazer o mesmo? Aliás, q</span><span style="font-family:Courier New;"><span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">ual</span> a graça em amar platonicamente? Quem não é <span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">correspondido</span> não tem momentos felizes com a pessoa amada, só transmite sofrimento. Quem tem o outro se sente vivo, sente o pulsar do sangue, vive momentos felizes e, portanto, é quem tem motivos de sobra pra pensar no amado 24 horas por dia.</span><br /><span style="font-family:Courier New;">Não digamos "uma pessoa que sofre de amor <span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-error">platônico</span>", digamos apenas "uma pessoa que sofre de amor". </span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;">Essa e outras frases do bombom não são dignas da exclusividade <span id="SPELLING_ERROR_11" class="blsp-spelling-error">platônica</span>. A Garoto parece não concordar com isso...</span><span style="font-family:Courier New;"> O Serenata de Amor deveria se chamar Serenata de Amor <span id="SPELLING_ERROR_12" class="blsp-spelling-error">Platônico</span>. E quer saber? Na próxima vez eu compro um Sonho de Valsa!</span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;">Falei!</span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;"><span id="SPELLING_ERROR_13" class="blsp-spelling-error">Vanêssa</span> <span id="SPELLING_ERROR_14" class="blsp-spelling-error">Aulette</span></span></div>Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-15467794520460504452011-02-19T15:54:00.000-08:002011-02-21T17:38:50.701-08:00120 BPM<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsWNGF3nLQg75Bot2ZakXzlQwl-JiPZxrgKbZEmVyQDzh5v6Q9cdg0xg3J-PlI_iu_1srYyILGvnzlI9nwhqwh-iPwy_p6NLY63oxA2ZckX-Fc3B7V3q2HEnsVBh7ITpMcxvtMV5_3xyzg/s1600/fernandopolis%252Bon%252Bline%252C%252Bhipertens%25C3%25A3o%252C%252Bmultiflora%252Bfernandopolis%255B1%255D.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 125px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575567144924499938" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsWNGF3nLQg75Bot2ZakXzlQwl-JiPZxrgKbZEmVyQDzh5v6Q9cdg0xg3J-PlI_iu_1srYyILGvnzlI9nwhqwh-iPwy_p6NLY63oxA2ZckX-Fc3B7V3q2HEnsVBh7ITpMcxvtMV5_3xyzg/s200/fernandopolis%252Bon%252Bline%252C%252Bhipertens%25C3%25A3o%252C%252Bmultiflora%252Bfernandopolis%255B1%255D.jpg" /></a> De repente o telefone toca. Olho o <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">DDD</span> e meu coração começa a bater mais forte. "Não acredito...", murmuro pra mim mesma. Atendo o telefone. Digo "alô" e em resposta ouço barulhos estranhos. <div>O telefone desliga.</div><div>E liga outra vez.<br />E desliga outra vez.</div><div>E liga outra vez e me responde, enfim, um "alô" entre os chiados do telefonema. Gelei, era sua voz. E digo "alô" novamente e você responde o mesmo. A ligação estava realmente ruim. Ficamos nesse jogo por quase uma eternidade. Quis saber de você, como você estava. Quis poupar os créditos do celular que nem era seu. Mas a ligação não ajudou muito. Colei o aparelho no ouvido, certa de que cada vocábulo seu era unicamente precioso. Ouvir sua "voz de ressaca" durante a ligação cortada fez parecer que eu não a ouvia a séculos. O telefone continuava a chiar. Por pouco não amaldiçoei o celular, mas a presença da sua voz <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">entrecortada</span> absolveu-o. Você foi, <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-corrected">inconscientemente</span>, mais uma vez o herói. Da minha alma desfalecente e do telefone.</div><br /><div></div><div>Cinco minutos apenas, cinco minutos. Você tinha que desligar. Você desligou. E eu fiquei aqui do outro lado da linha congelada. As mãos trêmulas. O coração descompassado. Contei a pulsação, 120 batimentos por minuto. Segurei-o no peito. Achei que ele iria saltar pela boca. Mas não saltou, ficou cá dentro como uma bomba. Como uma criança que brinca no pula pula. Você despertou essa criança.<br /></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div>"Não espere nada da vida os das pessoas, assim evitará futuras decepções e se surpreenderá com as mínimas coisas". Você me surpreendeu. Farei valer tudo aquilo que eu te ensinei. Permitirei-me ser surpreendida cada vez mais. Você me faz bem.Você me faz correr como o sangue nas veias. Nas minhas veias.<br />De uma coisa eu tenho certeza: se você não me matar de amores, me matará de taquicardia!</div><br /><br /><div>Vanêssa Aulette</div>Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-71493108441744403332011-02-15T20:58:00.000-08:002011-02-19T16:51:55.099-08:00Sem devolução<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy66J5yKVHppLLQKFnmdfq5oCOQP0wnov31ykWwyrjWS0KacV5PWQ_cF-Er99KaPQPG-YTZ6K7x89I24xdrOOAhEpl2VoJ60Gbg8x9NWW1pzudjmutS_MbVreiv-MF5TcU7YG8u0Om-dhyphenhyphen/s1600/OgAAAFqNfR0EngQGhF9fSatzTuD0Cl5MgXUHvSlIR59-tEkChDf7tZOEWlhMX_c2-EBLHP4P_mi9XswU0iOlcbT1B24Am1T1UD874_DRzaaSvZUINjX2k0kaUz6v%255B1%255D.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 133px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575567956419724194" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy66J5yKVHppLLQKFnmdfq5oCOQP0wnov31ykWwyrjWS0KacV5PWQ_cF-Er99KaPQPG-YTZ6K7x89I24xdrOOAhEpl2VoJ60Gbg8x9NWW1pzudjmutS_MbVreiv-MF5TcU7YG8u0Om-dhyphenhyphen/s200/OgAAAFqNfR0EngQGhF9fSatzTuD0Cl5MgXUHvSlIR59-tEkChDf7tZOEWlhMX_c2-EBLHP4P_mi9XswU0iOlcbT1B24Am1T1UD874_DRzaaSvZUINjX2k0kaUz6v%255B1%255D.jpg" /></a>O fim de um relacionamento é como uma tempestade chegando. Você ouve de longe os pingos da chuva, cada vez mais sonoros. Você corre para fechar a janela e se sentir seguro. Mas em um relacionamento as janelas não se fecham. A chuva inunda e <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">lixivia</span> o pouco de sanidade que resta.<br /><br /><div><div>Você revira os móveis, procura em cada canto aquilo que sumiu. Tenta dar forma às <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-corrected">ideias</span>, formular hipóteses. É como perder a chave do carro. Você sabe que perdeu mas não sabe onde perdeu. Porque em algum momento as coisas não saíram como deveriam e o amor não vingou, como um bolo sem fermento.<br /></div><div>Até que a ficha caia você faz o outro de refém. Você esconde as chaves de casa, prega tábuas nas janelas. Você não o deixa sair. As palavras entram por um ouvido e saem pelo outro, você não aceita.<br /></div><div>É como um assalto, você nunca espera que vá sofrer um. Mas de repente você se vê sem carro, sem dinheiro, sem a chave, sem o outro, sem chão. O réu pode não ser o culpado, mas é amado.</div><br /><div>De repente você vira um mendigo. Recolhe as migalhas de pão que caem da mesa. Revira os trapos e aceita a sentença. <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">Barganha</span> um pouco do carinho que já não é seu. Você se deixa iludir pelos mínimos e <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">insignificantes</span> gestos. Você não é amado mas aceita o favor.</div><br /><div>O amor não são migalhas, são os pães e peixes multiplicados. </div><br /><div>Até que se perceba que papai <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">Noel</span> não existe, você continua esperando-o descer da chaminé com presentes e doces. O amor verdadeiro é um presente embrulhado e sem devolução.<br /></div><div>O meu está cuidadosamente embalado pra você.</div><br /><br /><div><span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">Vanêssa</span> <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">Aulette</span></div></div>Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-85848220865486682292011-02-14T12:19:00.001-08:002011-02-15T19:29:34.062-08:00Clichê<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-TbefdX_NN0vqN7Iko310HZs2ANxhmK1UvVfEDsJZl_ObTIUYRHbOLc0OqX2TvyguVoT0gqKcobrUASH-PAyGewiOozYBwA5HQBmUh6Le5q-XaIHcCmt7vLVu6rwfu2GhO1z4qn1NWFpa/s1600/interrobang%255B1%255D.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 140px; FLOAT: right; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5573650978743173090" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-TbefdX_NN0vqN7Iko310HZs2ANxhmK1UvVfEDsJZl_ObTIUYRHbOLc0OqX2TvyguVoT0gqKcobrUASH-PAyGewiOozYBwA5HQBmUh6Le5q-XaIHcCmt7vLVu6rwfu2GhO1z4qn1NWFpa/s200/interrobang%255B1%255D.jpg" /></a> A vida cheia de interrogações, sinais de pontuação que falam por si só. Uma basta para que outras nasçam involuntariamente. Uma basta para lhe tirar o sono. Apenas uma para você rabiscar mentalmente sua folha imaginária. Porque interrogações podem mais do que uma caneca de café.<br /><br />Vez ou outra me pego observando nossa estrela (ou ela me observando). Porque não só ela, mas tudo aquilo que um dia foi nosso me persegue. E nessas horas eu me questiono se também te perseguem, ou se pelo menos você se deixa ser perseguido e então se lembra de mim. Se nossa estrela alcança o propósito para a qual foi (re)nomeada. Porque tudo aquilo que não é revisitado morre. E eu não quero que isso morra agora.<br /><br />E o que é a vida se não exclamações? Algumas são boas, outras nem tanto, mas sempre são surpresas. Ao contrário da interrogação que nasce curva, aos poucos, a exclamação é direta, rápida. É à favor das leis da física, é uma força externa que luta contra a inércia. Torna dinâmico aquilo que está em repouso e deixa sem ação o que um dia esteve em constante movimento. Porque exclamações são mais sorrateiras do que leões.<br /><br />E então me lembro das nossas muitas exclamações. Tento nao pensar na última, que me deixou atônita. Lembro-me da primeira vez em que você se declarou na sala escura de cinema, do calafrio que percorreu meu corpo ao roçar do seu braço, da urgência com a qual me deu seu último beijo. Mas minha exclamação de hoje é uma constante. É um eterno grito silencioso de um "te amo!" todos os dias em minha mente. Porque essa exclamação é simples, sincera, deserperada, urgente! Porque mantenho acesa a esperança de que você possa senti-la simplesmente por eu pensá-la. Porque a distância separa dois corpos, mas não dois corações. E o meu ainda é seu.<br /><br />A vida também é um constante ponto final, sinal de pontuação carregado de mudanças. Basta um para que vários caiam dos seus olhos. Começar é divino, terminar é fatal. Porque nem mesmo a solitária lua é mais triste do que um ponto final.<br /><br />E então penso em como tudo acabou. E tudo mudou muito desde que você se foi. Não gasto mais a tinta da caneta rabiscando seu nome e infinitos corações do rodapé das folhas de caderno. Não confiro mais meu reflexo no espelho infinitas vezes. Não te dou mais satisfações da minha rotina. Não fico na ansiedade de te ver descer do ônibus todas as manhãs. Não me constranjo mais como em todas as vezes em que você me olhava profundo nos olhos. Não me esforço mais pra ficar na ponta dos pés e alcançar teus lábios. Não perco minhas poucas horas de sono com nossas ligações de boa noite, principalmente com as em que eu ouvia sua voz cansada. Ah, se toda perda de tempo fosse essa, desejaria perdê-lo eternamente. Porque com você meu esforço foi o mais bem recompensado.<br />Então sucumbiu o ponto final. Ninguém verteu mais lágrimas do que eu.<br /><br />Tudo tem um começo, meio e fim. Mas não quero que caiamos em outro clichê que não seja "felizes para sempre".<br /><br />Porque para aqueles que ainda têm muito o que compartilhar,<br />O ponto final não é o fim de um sonho,<br />É uma chance de recomeçar.<br /><br />Como você e eu.<br /><br /><br />Vanêssa AuletteVanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-14039490036968809792011-01-26T13:34:00.000-08:002011-01-26T21:41:36.771-08:00À espera<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijjJFPAAsTjxwlvqA6Lb7Wyt8-ee8mJ9tDHvXUQqELs_ybR353u8ks4TssevAdVlTxVgKQbt4iO2wX3n97km08UO-LaK024Wxm-sXTiUSoPZ6DPGiVn5xESLuVywwfB9OdCXJdUj8LpMDv/s1600/espera_3%255B1%255D.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 186px; FLOAT: right; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5566635693796839554" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijjJFPAAsTjxwlvqA6Lb7Wyt8-ee8mJ9tDHvXUQqELs_ybR353u8ks4TssevAdVlTxVgKQbt4iO2wX3n97km08UO-LaK024Wxm-sXTiUSoPZ6DPGiVn5xESLuVywwfB9OdCXJdUj8LpMDv/s200/espera_3%255B1%255D.jpg" /></a>Por onde você anda? Por quantas noites passou sentindo minha falta? Aposto que já se ocupa com <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">graxas</span> de sapato e conversa fiada com as novas <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-corrected">companhias</span>, que se lembra de mim raramente quando não tem coisa melhor pra fazer. Que me imagina como um passado muito distante. Minha certeza é outra, estou ainda muito perto.<br /><br /><div>Você deve ter chorado pouco. Sentido tudo como um "game <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">over</span>" de mais um jogo seu. A <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-corrected">questão</span> é: você tenta outra vez ou se deixa vencer por um uma tentativa frustrada? Deve ter sido mais leve pra você do que ter que me levar acorrentada aos seus pés. Porque talvez suas pernas ficassem cansadas demais e você não pudesse mais me aguentar nos próximos anos. Porque talvez esse meu amor te sufocasse e eu, aos seus pés, não conseguisse te soltar.</div><br /><div>Por quantas noites passei tentando ver seu rosto em pensamento, tentando decifrar a resposta que ficou perdida por detrás do seu silêncio. Será que você me ouviu te chamar enquanto eu repetia seu nome sem falar? Enquanto eu tocava os dedos <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">trêmulos</span> no rosto da fotografia enquanto as lágrimas rolavam pelo meu. Acariciavam, caiam macias. Você, sendo o meu alfa e <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">ômega</span>, brotava dos meus olhos, rolava como uma cascata pela minha face e acabava perante meus lábios (que um dia você provou com a boca). Um dia você me roubou um beijo, mas hoje não te deixarei roubar as lágrimas.</div><br /><div>Ainda não te decifrei. Um raro acervo de mistérios. Quero <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-corrected">construir</span> um álbum seu na memória. Um álbum nosso. De figurinhas novas e até mesmo repetidas, se valer à pena. Um canto particular e <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">intocado</span> pelo tempo. Você me fez olhar para a saudade com outros olhos. Ela não é o carrasco que pensei que fosse. A saudade preencheu o lugar de uma inevitável incerteza, ela me fez constatar o quanto você não é simplesmente importante. Você é FUNDAMENTAL pra mim. Essa saudade é sempre bem vinda. Uma saudade que nunca aceitará a possibilidade de uma despedida. Que carrega sempre a certeza de uma coisa: ainda amar você.<br /></div><div></div><div></div><div> </div><div>Espero que esteja bem. Que já tenha substituído suas inseguranças por coragem. Que tenha tirado férias dos problemas.(Não se preocupe, eu cuido deles por nós dois.) Que tenha deixado de ser egoísta consigo mesmo. Que tenha pensado menos nos outros e mais em você. Que tenha alcançado o que nem sabe ao certo, mas o que tanto procura. Que o seu plano esteja dando certo. Que nossos planos <span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">deem</span> certo. Se não derem, acharemos uma forma de saldar a dívida dos dias perdidos tentando reencontra um ao outro.</div><br /><div>Sou convencida de não ter muita sorte no amor, mas tento não amaldiçoá-lo de vez. Porque a covardia é não chegar em <span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">sí</span>. É desistir do sentimento, ficar pelo meio do caminho e retornar. Se for pra retornar, que seja pra se recompor e tentar de novo. Se você tem quer seguir por outro afluente, que seja pra refrescar a cabeça em águas novas e me encontrar de alguma forma na foz do nosso rio. E ainda que passemos por cachoeiras ainda mais perigosas por não termos um ao outro pra proteger, que sejamos fortes. Porque todo mundo nos machucará, cabe a nós escolhermos pelo que vale àpena sofrer. Eu escolhí você. </div><br /><div>Ah, como eu desejo que você volte atrás e faça um novo temporário fim. Porque um simples "ainda te amo" já não me basta. Um "te esperarei" é o que conforta, faz tudo ter um sentido, enfim. <span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-corrected">Porque</span> um "ainda te amo" se perde na neblina que cobre nossa relação. Um "te esperarei" é o que fica, o que permanece, que encoraja, o que ilumina. É o que enche o poço de fé. É o que elimina todas as dúvidas traiçoeiras. E morta a desconfiança, sentirei junto sem medo.</div><div>Me permitirei sentir cada vez mais e mais.</div><div>Porque nosso amor está escrito nas estrelas.</div><div>Nosso amor está selado por mãos divinas.</div><div>É como uma <span id="SPELLING_ERROR_11" class="blsp-spelling-error">correspondência</span> à espera do dono.</div><br /><div>E eu à espera de você voltar.</div><br /><br /><div></div><div><span id="SPELLING_ERROR_12" class="blsp-spelling-error">Vanêssa</span> <span id="SPELLING_ERROR_13" class="blsp-spelling-error">Aulette</span></div><div>(<span id="SPELLING_ERROR_14" class="blsp-spelling-error">Releitura</span> do digno texto "Prescrito" de autoria de Leandro Lima [<a href="http://lleandrum.blogspot.com/2011/01/prescrito.html"> http://lleandrum.blogspot.com/2011/01/prescrito.html</a> ] )</div>Vanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6180713536071432892.post-60569057143141189362011-01-26T12:38:00.000-08:002011-01-26T13:31:31.682-08:00Aquarela<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsy-UWXj2b7D47h9I42DbS5d5M_RMnE1NydQAGzmFVmo2Qi5h4VgOx4rRn6S0s1yiaUAV2_CwTesd3ssw6-m-3sDsmD_ViIOID7scVgGuJz-h_Th3KNbEHC8mQbZbXbS6UmlHnWcxg15LS/s1600/aquarela2%255B1%255D.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 144px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5566610006911360530" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsy-UWXj2b7D47h9I42DbS5d5M_RMnE1NydQAGzmFVmo2Qi5h4VgOx4rRn6S0s1yiaUAV2_CwTesd3ssw6-m-3sDsmD_ViIOID7scVgGuJz-h_Th3KNbEHC8mQbZbXbS6UmlHnWcxg15LS/s200/aquarela2%255B1%255D.jpg" /></a>Pensei um pouco e percebí que sou um pouco de tudo.<br /><br />Eu sou um pouco de certeza, um pouco de dúvida. Sou um pouco de choro, um pouco de riso. Sou um pouco de lascívia, um pouco de castidade. Um pouco de frieza, um pouco de saudade. Sou um pouco de mãe, um pouco de filha. Um pouco de professora, um pouco de aprendiz. Sou um pouco da compreensividade de um idoso, um pouco de teimosia de uma criança. Sou um pouco de humildade, um pouco de ourgulho e preconceito. Sou um pouco de obediência, um pouco da rebeldia adolescente.<br /><br />Eu sou um pouco da Capitú de Matacavalos, um pouco da Capitú da Praia da Glória. Sou um pouco da Amélia, um pouco da Aurélia. Sou um pouco de Gregório, um pouco de Camões. Sou um pouco do bêbê no berço, sou um pouco da mão que balança o berço.Sou um pouco do crepúsculo da aurora, um pouco do crepúsculo do entardecer. Sou um pouco da verdade nua, sou um pouco da mentira agradável. Sou um pouco de realização, um pouco de sofrimento. Sou um pouco daquilo que pensam que sou, sou um pouco do que não sabem que sou. Sou um pouco da doçura de um pirulito, um pouco da acidez de um limão.<br /><br />Sou um pouco de fé, um pouco de ceticismo. Sou um pouco de desleixo, um pouco de vaidade. Sou um pouco da branca de neve, um pouco da madrasta. Sou um pouco de romantismo, um pouco de realismo. Sou um pouco do porto seguro, um pouco do terremoto instável. Sou um pouco de inocência, um pouco de malícia. Sou um pouco de maturidade, um pouco de insensatez. Sou um pouco do preto, sou um pouco do branco. Sou um pouco das águas turbulentas, um pouco da ponte sobre as águas.<br /><br />Sou um pouco do que fui, um pouco do que ainda vou ser.<br /><br />Sou um pouco de muita coisa. Sou a aquarela toda misturada e sou o vaso de barro pintado com a mistura.<br /><br />Um vaso rachado, inacabado e muitas vezes remendado, coberto com um pouco de cada cor.<br /><br />Coberto com um pouco de tudo o que sou.<br /><br /><br /><br />Vanêssa AuletteVanêssa Aulettehttp://www.blogger.com/profile/04085397541805443658noreply@blogger.com0