quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Serenata de Amor Platônico

Fugindo um pouco da rotina, aqui vai uma breve crônica...

Dia desses larguei do colégio e passei na banca de revistas pra comprar um bombom. Comprei um Serenata e fui degustando-o enquanto me dirigia pra a parada de ônibus. Como de costume, as frases românticas no papelzinho da embalagem. Dentre elas, esta: "Uma pessoa que sofre de amor platônico pensa em sua paixão 24 horas por dia. Sabe por quê? Porque o dia só tem 24 horas".
Refletí um pouco e reparei que quase todas as frases de amor do Serenata fazem menção ao amor platônico. Relendo essa frase acima pensei: "por que pra pensar na pessoa amada durante o dia todo o amor tem que ser necessariamente incorrespondido?"
Quem tem o outro não tem motivos suficientes pra fazer o mesmo? Aliás, qual a graça em amar platonicamente? Quem não é correspondido não tem momentos felizes com a pessoa amada, só transmite sofrimento. Quem tem o outro se sente vivo, sente o pulsar do sangue, vive momentos felizes e, portanto, é quem tem motivos de sobra pra pensar no amado 24 horas por dia.
Não digamos "uma pessoa que sofre de amor platônico", digamos apenas "uma pessoa que sofre de amor".

Essa e outras frases do bombom não são dignas da exclusividade platônica. A Garoto parece não concordar com isso... O Serenata de Amor deveria se chamar Serenata de Amor Platônico. E quer saber? Na próxima vez eu compro um Sonho de Valsa!

Falei!


Vanêssa Aulette

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