domingo, 12 de janeiro de 2014

De Olhos Fechados

Olhos fechados, colados. A respiração leve e o corpo mais leve ainda. O cheiro no meu travesseiro, ou tavez na minha mente, não sei. A tentativa bem sucedida de reviver cada minuto intenso. Apaixonado.
Em um mundo paralelo onde as horas escorrem por entre os dedos sem piedade. Mas onde você pode estar em uma praia quente, um céu estrelado, um jardim florido se ele estiver lá. Onde você sente o gosto de mel fresco, sorvete de flocos e suco de laranja na boca.
Não necessariamente nessa ordem.
É uma antítese de sensações. É paz e inquietude ao mesmo tempo. É calma e alvoroço. A alma mais pura e o fogo. É quando você se entrega sem medo porque ele sabe o momento certo de parar.
Ele sempre sabe.
"A verdade é que só mostramos parte do sentimento. A outra parte só observa, fica no bolso pra quando solicitada."
Mas você não tem isso pra sempre. A memória, a sinestesia e as palavras são o que sobra desses momentos mágicos. Pequenas dádivas que fazem morada nos meus pensamentos distantes.
Onde eu sempre posso te encontrar.
De olhos fechados.

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