sexta-feira, 30 de abril de 2010

No desenrolar do luar...

Escrevo pelo medo que tenho dessa sensação ir embora quando a noite acabar. Amanhã tenho um dia cheio, mas não, não posso deixar isso passar. Quando na penumbra me aprontava para dormir, na cabeceira da cama um clarão notei. Cheguei-me mais para perto para descobrir a origem daquela luz. Era ela, majestosa lua cheia que se amostrava pela minha janela e eu logo na cama me pus. Não conseguia dormir... não consigo... nunca vi algo com tamanha força de atração do meu olhar... A lua hipinotisa.
Não é justo, não é justo todos dormirem logo agora que ela se impõe bela, fermosa... falta de respeito, eu diria, com algo que só Deus mesmo pode ter moldado tão belamente com as próprias mãos. A noite está simplesmente linda... fico imaginando o quanto a natureza não se hipnotizou com esse astro na primeira noite.... Adão e Erva a sós na terra... nus sob a luz do luar... não imagino algo mais romântico. E a lua continua tão linda quanto da primeira vez...
Não consigo pensar em nada, esqueço de tudo ao fitá-la... alegrias, tristezas... são todas remediadas, efeito da hipnose lunar...
Eu poderia virar a noite acordada, fitando a lua... mas essa força está além de mim. Poderia escrever sob a sua luz.. até ela se esconder de mim. Filosofaria tanto que não haveria papel suficiente para descrever essa sensação, descobertas que me vêm em mente, sob a luz do luar...
Felizes são as corujas, ah como são... Aos poucos vou me entregando ao sono enquanto a pena me cai da mão... me desligando do mundo e agradecendo a Deus por toda essa perfeição.



Vanêssa Aulette

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