quarta-feira, 19 de maio de 2010

Lar, doce lar

Foi como despertar de um pesadelo. Com o coração cheio de amor me dirigi ao meu verdadeiro lar, contando os segundos para senti-los de perto. Chegada a hora, foi como recordar aos poucos do íntimo do meu lar, vendo cada rosto... Aos poucos o sono ficando profundo e mais profundo ainda meu sonho... rostos conhecidos... abraços!
Entrei em êxtase ao ver tantos deles ao mesmo tempo. Como uma criança curiosa em lugar estranho, fitei cada rosto com profunda satisfação, procurando entre a multidão os meus rostos preferidos. A única diferença era que em vez de estranho, o lugar me era muito familiar, era meu verdadeiro lar...
A cada rosto querido encontrado meu coração se enchia de alegria, porém, ainda procurava esperançosa o rosto que eu mais queria. De repente, não mais que de repente, encontrei-o me fitando na esperança de eu notá-lo. Sim, estou aqui te vendo! Como desejei correr para seus braços... era só ter um pouco de paciência...
Entre a multidão de rostos conhecidos, os vi! Queridos rostos sorrindo para mim e braços me envolvendo num abraço apertado, abraços urgentes, abraços de amor. Senti-me muito feliz, porém, não reencontrei o rosto querido que a pouco via... Andei, procurei... não achei! Não me senti mais triste, porém, menos feliz...
À procura de outros rostos achei o de minha mocidade... envolvi-o num abraço apertado, demorado, abraço de verdade, com o corpo. Paixão? Não... eu diria: carinho profundo por um rosto que muito me marcou, um rosto infantil, um rosto de pirralho...
Apesar dos pesares, beijei, abracei, beijei, abracei, abracei, abracei... abracei demais. Oh, abraço, como alivias minha'lma! Aos poucos os rostos queridos foram ficando escassos, o sonho foi acabando... despedidas, abraços, saudade... apartava-me do meu lar...
Foi como despertar de um sonho bom...



Vanêssa Aulette

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